Apressa-te
O tempo já
marca os nossos corpos
e nem erguemos
ainda
as paredes da
nossa casa.
Preciso de uma
varanda para as manhãs de sol
e de um jardim
para as tulipas vermelhas
que teus olhos
plantaram nos meus
em nosso
primeiro encontro.
Preciso de um
alpendre retelhado
onde possamos
balançar as nossas lembranças,
sem perguntas
sobre o passado,
e de uma janela
sem cortinas
de onde eu
possa ver o mar
ouvindo a tua
fala.
Apressa-te
para que
nenhuma aflição suba as escadas...
É preciso paz e
cheiro de lavanda
para que as
nossas mãos envelheçam juntas
e os nossos
livros namorem sossegados
na estante da
sala.
Aíla
Sampaio
Nenhum comentário:
Postar um comentário