Tanta inquietude da minha alma
É agora um grito desesperado
É bruma de Outono que não acalma
Impelida por um vento desolado.
Um dia soluço de alegria
Outro choro de alma partida
Cresce em mim a melancolia
E esqueço a beleza da vida.
Turva-se o olhar
Que a tudo fica alheio
Como se alegria e dor se pudessem comparar
Como se vida e morte, fossem cântico ou gorgeio.
Minhas mãos ergo-as a tremer
Ao céu que minha alma habita
Já a vida não tem nada a me oferecer
Mas o sonho ainda acredita.
Este sol que tantos anos me aqueceu
Esta sede infinita que me abrasa
O viver que estranhamente me esqueceu
Este subir e descer, batendo asa.
Na minha alma chove já
Se eu soubesse porque espero?!
E esta noite que não voltará
E esta falta de tudo que é desespero.
D.R
Nenhum comentário:
Postar um comentário